
[ EXISTEM DECISÕES DE CURTO E LONGO PRAZO?]
- Fábio Castelo
- 14 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de abr. de 2024

Imagine uma fábrica -que produz palitos de picolé- na qual um defeito em uma das máquinas de sua linha de produção faz com que a cada 20 palitos produzidos 2 saiam quebrados. Diretores da empresa se debruçam sobre 2 propostas de solução:
a. contratar uma equipe para verificar os palitos que saem quebrados e eliminá-los manualmente ( equivocadamente chama-se a isto de DECISÃO DE CURTO PRAZO );
b. reparar a máquina ( equivocadamente chama-se isto de DECISÃO DE LONGO PRAZO ).
Porque EQUIVOCADAMENTE?
Porque o mundo caminha num processo natural de ENTROPIA ( destruição/impermanência ) na qual é impossível se prever quando algo acontecerá ou perecerá: não há garantias de que, consertando a máquina, ela não venha a quebrar no curto prazo, ou ainda que a contratação temporária de pessoas não se torne uma medida definitiva. Aliás, é muito comum observarmos decisões de “CURTO-PRAZO“ se transformarem em definitivas, não é?
Vamos definir de uma forma mais TÉCNICA:
DECISÕES QUE RESOLVEM A “CAUSA” DO PROBLEMA, a exemplo do reparo da máquina. Em geral são soluções MAIS ELABORADAS, que acabam sanando as CONSEQUÊNCIAS e tendem a gerar MENOS CUSTOS no longo prazo.
DECISÕES QUE RESOLVEM APENAS A CONSEQUÊNCIA DO PROBLEMA, a exemplo da retirada manual dos palitos quebrados. Em geral são soluções simplórias e imediatistas que NÃO SANAM A CAUSA e tendem a gerar MAIS CUSTOS em longo prazo.
A RACIONALIDADE nos impõe optar por soluções que resolvem as causas, ao invés dos paliativos que resolvem apenas as consequências. Porém não é isso que a maioria das pessoas faz, não é mesmo?
Lembram da ANEDOTA DA LARANJA?
Os interesses PRECEDEM as POSIÇÕES → logo resolvemos os INTERESSES.
Aqui as CAUSAS precedem as CONSEQUÊNCIAS → logo resolvemos as CAUSAS.
Resolva na ORIGEM e NÃO NO DESTINO.😉
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